quinta-feira, 23 de julho de 2009

Estilo de vida fisicamente ativo

Inclui hábitos e comportamentos autodeterminados, adquiridos social ou culturalmente de modo individual ou em grupos, inatividade física e opção pelo lazer sedentário. O próprio indivíduo tem controle sobre hábitos e atitudes prejudiciais a saúde (Rouquayrol et al., 1999), cabendo a ele ter consciência de buscar o incentivo e orientação necessária para a mudança dos maus-hábitos.

É cientificamente comprovada a influência da atividade física na melhoria da eficiência do sistema imunológico, redução na pressão sanguínea, redução na quantidade e modificação na distribuição da gordura corporal. Outros estudos evidenciam os efeitos benéficos da atividade física sobre doenças como câncer, obesidade, osteoporose e diabetes. A adoção do estilo de vida ativo está inversamente associado a mortalidade por doenças crônico-degenerativas e ao aumento da longevidade.

A adoção do estilo de vida fisicamente saudável proporcionará em mudanças do comportamento a partir do incentivo a adesão dos sedentários em programas regulares de exercícios físicos e a orientação avaliação e prescrição de exercícios físicos para aqueles que já fazem a prática regular dos exercícios programados.

Dessa forma, se faz necessário enfatizar os benefícios da mudança de comportamento para que o indivíduo identifique as suas dificuldades para que ele passe por uma progressão nos estágios de mudança. Tais estágios são descritos pelo Modelo Transteorético (MT) de Prochaska citado por ASSIS & NAHAS e têm sido documentados nas áreas de cessação do fumo, usos de substâncias, controle do peso, uso de protetor solar, uso de preservativos e promoção da atividade física.

Maibach & Cotton (1995) também citados por ASSIS & NAHAS descrevem os estágios em cinco: Pré-contemplação, o indivíduo não tem intenção de mudar seu comportamento por não perceber, aceitar ou por alguma razão não decidiram não adotar um comportamento mais saudável; Contemplação, onde pretende mudar o comportamento em algum ponto no futuro; Preparação, acontece quando faz mudanças imediatas e é comumente caracterizado como o período de planejamento da estratégia de mudança de comportamento; Ação é onde o indivíduo começa efetuar a mudança de uma forma consistente e Manutenção é o estágio final, período de modificação continuada na qual a prática comportamental está solidificada e incorporada a rotina.

É importante ressaltar que a recaída pode ocorrer em qualquer etapa dessa seqüência podendo ou não ser seguido por uma interrupção do processo através dos estágios de mudança. Diante disso, orientar sobre o a preparação de plano de mudança incluindo objetivos, estratégias e metas a serem alcançadas e relatar os resultados alcançados de modo a elevar a confiança na capacidade de manter e comportamento evitando tais conseqüências.

Nesse contexto, as ações de uma equipe multidisciplinar, juntamente com a organização dos serviços de saúde são fundamentais para uma mudança de atitude do indivíduo atendido, aumentando sua perspectiva de qualidade de vida.

Referências:
Rouquayrol, Maria Zélia; FILHO, Naomar de Almeida. Epidemiologia & Saúde. In: Lessa, I. Doença Crônicas Não-Transmissíveis: Bases Epidemiológicas. 5 ed. Rio de Janeiro: MEDSI, 1999.

ASSIS, Maria Alice Altenburg de; NAHAS, Markus Vinícius. Aspectos Motivacionais em Programas de Mudança de Comportamento Alimentar. Revista Nutrição, Campinas, 12(1): 33-41, jan./abr., 1999; Disponível em http://www.scielo.br/pdf/ rn/v12n1/v12n1a03.pdf. Acessado em 17/02/2008

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